Na evocação do 146º aniversário de João Lopes Soares, recordamos o pedagogo e político que dedicou a sua vida à causa pública, à defesa intransigente dos ideais republicanos e à oposição permanente à ditadura.

Natural do Arrabal (Leiria), João Lopes Soares ingressou na vida eclesiástica como capelão militar, depois de concluído o Curso Superior de Teologia, em 1900. Durante a I República, foi professor no Instituto Profissional dos Pupilos do Exército de Terra e Mar e ocupou os cargos de administrador e governador civil da Guarda (1912), de Braga (1913) e de Santarém (1915), vogal do Conselho Superior da Administração Financeira do Estado (1914-1926), deputado pelos círculos de Guimarães e Leiria (1916-1920), e de ministro das colónias (1919).

Na oposição ao Estado Novo, envolveu-se ativamente em diversas revoltas que o levaram à prisão, chegando a estar preso na cadeia do Aljube com o seu filho, Mário Soares, que o via como a sua "grande referência moral", o "centro da família", "um factor insubstituível de estabilização".

O seu nome ficou incontornavelmente ligado à educação, tendo introduzido importantes inovações pedagógicas nas instituições de ensino que fundou e dirigiu e escrito manuais escolares que modernizaram o estudo da História e da Geografia de Portugal. Em 1936, fundou o Colégio Moderno, em Lisboa. 

Faleceu em Lisboa, a 31 de julho de 1970, aos 91 anos. Vinte e seis anos depois, foi fundada, pelo seu filho, Mário Soares, a Casa-Museu João Soares, pólo da Fundação Mário Soares e Maria Barroso em Cortes. 

Fique a conhecer melhor a biografia de João Lopes Soares e a atividade da Casa-Museu em: https://fmsoaresbarroso.pt/casa-museu-joao-soares