Maria de Jesus Simões Barroso nasce na Fuzeta, Olhão. Filha de Maria de Encarnação Simões, professora primária, e de Alfredo José Barroso, oficial do Exército, oposicionista à ditadura.
A família passa a viver em Lisboa.
Maria Barroso começa a frequentar o Liceu Dona Felipa de Lencastre.
Termina o curso de Arte Dramática da Escola de Teatro do Conservatório Nacional, tendo obtido a classificação mais elevada do seu ano.
Estreia-se nos palcos com a peça “Sua Excelência, o Ladrão”, no Teatro Ginásio.
Maria Barroso e Mário Soares, ambos estudantes na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, conhecem-se na faculdade.
Estreia-se no teatro profissional na peça "Sua Excelência, o Ladrão", no Teatro Ginásio, pela Companhia Brunilde Júdice Alves. Nesse mesmo ano, estreia-se também no Teatro Nacional D. Maria II, na peça "Auto da pastora perdida e da velha gaiteira", de Santiago Prezado.
É chamada pela política política para vários interrogatórios sobre as suas atividades.
É protagonista da peça "Benilde ou a Virgem-Mãe", de José Régio, no Teatro Nacional D. Maria II.
A atuação em "A Casa de Bernarda Alba", de Frederico Garcia Lorca, leva o regime a proibi-la de continuar a representar.
Participa na campanha do general Norton de Matos à Presidência da República.
Maria Barroso e Mário Soares casam, por procuração, na prisão do Aljube, onde Soares se encontrava preso. Foram padrinhos de casamento Joaquim Barradas de Carvalho, Ruth Arons, Bá e Manuel Mendes, este último também preso.
Conclui a licenciatura em Ciências Histórico-Filosóficas na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, com uma tese intitulada Valentim Fernandes e a sua obra.
Participa ativamente na campanha presidencial do general Humberto Delgado.
Maria Barroso vê o seu pedido de licença de ensino particular ser indeferido.
Mário Soares dedica-lhe um poema, escrito enquanto se encontrava preso na Prisão do Aljube.
Representa "Antígona", de Sófocles, no Teatro Villaret.
Protagoniza o filme "Mudar de Vida", realizado por Paulo Rocha, interpretando Júlia, uma mulher do mar.
Sobe ao palco para interpretar o monólogo "A Voz Humana", de Jean Cocteau. A peça é proibida pelo Regime, sendo a sua última atuação em teatro.
Concorre às eleições legislativas de 1969, pela CEUD (Comissão Eleitoral de Unidade Democrática), distrito de Santarém.
Dirige o Colégio Moderno, em Lisboa, antes e depois de 25 de Abril de 1974.
É a única mulher a intervir na abertura do III Congresso da Oposição Democrática, em Aveiro, onde afirma que "não há abrandamento da repressão: há sim uma racionalização dessa repressão, uma distribuição mais eficiente do ponto de vista dos opressores, e por isso mesmo mais brutal".
É a única mulher presente no congresso fundador do Partido Socialista, em Bad Münstereifel, na Alemanha.
Regressa a Portugal, após o 25 de Abril, no “comboio da liberdade”.
Participa no filme "Benilde ou A Virgem Mãe", realizado por Manoel de Oliveira.
Desenvolve intensa atividade partidária, intervindo em congressos e participando em comícios e sessões de esclarecimento.
É eleita deputada à Assembleia da República, pelo Partido Socialista.
É eleita vice-presidente da Comissão Parlamentar de Educação.
Integra o elenco do filme "Amor de Perdição: Memórias de uma Família", realizado por Manoel de Oliveira.
É reeleita deputada, pelo círculo do Porto.
É reeleita deputada à Assembleia da República, pelo Partido Socialista.
Primeira-dama de Portugal, entre 1986 a 1996.
Ajuda a fundar o Movimento de Emergência de Moçambique.
Cria a Associação para o Estudo e Prevenção da Violência - APEV.
Cria e preside a Fundação Pro Dignitate, tendo como objetivo prevenir a violência e promover os direitos humanos.
Recebe o doutoramento honoris causa pela Universidade de Lesley, nos Estados Unidos.
Recebe o doutoramento honoris causa pela Universidade de Aveiro.
É condecorada com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.
Assume a presidência da Cruz Vermelha Portuguesa.
Recebe o doutoramento honoris causa pela Universidade de Lisboa.
É publicado o livro Os Poemas da Minha Vida.
É publicado o livro Cruz Vermelha, da autoria de Maria Barroso.
Recebe o doutoramento honoris causa pela Universidade Lusófona.
Maria de Jesus Barroso morre, em Lisboa, aos 90 anos.
É publicado o livro A violência na comunicação social, da autoria de Maria Barroso.
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