Cronologia



Procurar por Ano | Tema | Pesquisa | Biografias

search
1912


O primeiro Presidente da República eleito ocupa um anexo do Palácio de Belém, pagando uma renda mensal de 100$00. O Partido Republicano cinde-se em três formações políticas e as crises governativas sucedem-se, mas a repressão do movimento operário permanece uma constante, assim como a crispação com a hierarquia católica e o Vaticano. As colónias voltam à ordem do dia, disputadas entre a Grã-Bretanha e a Alemanha. A segunda incursão monárquica é derrotada em Chaves. Um português voa pela primeira vez em solo nacional.
  • filter_drama
    1912
    Manuel de Arriaga no Palácio de Belém

    Manuel de Arriaga estabelece a residência oficial do Presidente da República no primeiro andar do palacete anexo ao Palácio de Belém, pagando 100 escudos mensais de renda. Já anteriormente, o presidente do Governo Provisório, Teófilo Braga, utilizara instalações do Palácio, mas apenas para tratar de assuntos oficiais e aí receber individualidades.

    Ano: 1912     Tema: Vida Política
  • filter_drama
    1912
    I Exposição de Humoristas

    Realização da I Exposição de Humoristas. Realizou-se uma homenagem a Rafael Bordalo Pinheiro. Contou com vinte e oito artistas.

    Ano: 1912     Tema: Cultura
  • filter_drama
    Quarta-feira, 24 de Janeiro de 1912
    Confrontos em Évora

    Confrontos em Évora, entre trabalhadores rurais grevistas e a Guarda Nacional Republicana, produzem um morto e seis feridos.

    Ano: 1912     Tema: Movimento Operário e Social
  • filter_drama
    30 de Janeiro de 1912
    Pacto de Dover

    Acordo entre as diferentes facções monárquicas, entre os constitucionalistas agregados em torno de D. Manuel e os legitimistas, ligados a D. Miguel. Acordo no qual D. Miguel reconheceu o direito ao trono de D. Manuel II, aceitando o segundo, no caso de não deixar descendência, o direito de D. Miguel à sucessão. Esta união entre as duas casas revelar-se-ia pouco sólida.

    Ano: 1912     Tema: Vida Política
  • filter_drama
    Sexta-feira, 5 de Janeiro de 1912
    Publica-se em Lisboa a revista teatral O Palco

    Publica-se em Lisboa a revista teatral "O Palco".

    Ano: 1912     Tema: Cultura
  • filter_drama
    Domingo, 14 de Janeiro de 1912
    Bispos de Coimbra e Viseu proibidos de residir nos respectivos distritos

    São proibidos de residir por dois anos, nos respectivos distritos, perdendo todos os seus benefícios materiais, o bispo de Viseu e o arcebispo conde de Coimbra.

    Ano: 1912     Tema: Religiões/Vida Política
  • filter_drama
    Quarta-feira, 31 de Janeiro de 1912
    Repercussões da greve geral

    As greves dos trabalhadores rurais em Évora e a de solidariedade em Lisboa tiveram repercussões noutros pontos do país, nomeadamente em Setúbal, Aldegalega e na Moita. Nesta última localidade, o administrador do concelho foi morto pela multidão em revolta.

    Ano: 1912     Tema: Movimento Operário e Social
  • filter_drama
    Janeiro de 1912
    Início da greve dos assalariados rurais do Alentejo

    Estala um movimento grevista dos assalariados rurais do Alentejo, como protesto contra a falta de cumprimento, por parte dos agrários, dos salários que haviam sido tabelados três meses antes. Em Évora, o movimento generaliza-se rapidamente, alastrando a outros trabalhadores, difundindo-se de igual modo pelas povoações do distrito e alargando-se a Beja. Face à persistência dos grevistas, o Governador Civil, Paulino de Andrade, mandou encerrar a Associação dos Trabalhadores Rurais, registando-se prisões de vários grevistas, os elementos mais activos, ao mesmo tempo que fazia avançar a cavalaria contra os trabalhadores em greve. Os delegados das associações operárias decidem proclamar a greve geral. As autoridades encerram as sedes de outras associações operárias, registando-se confrontos entre os grevistas e as forças da GNR e do Exército, de que resultaram vários feridos e um morto.

    Ano: 1912     Tema: Movimento Operário e Social
  • filter_drama
    Quinta-feira, 25 de Janeiro de 1912
    Demite-se o ministro das Colónias

    Demite-se o ministro das Colónias, José Freitas Ribeiro, sendo substituído interinamente pelo ministro da justiça, António Caetano Macieira Júnior. Esta crise governamental foi motivada pela questão do Caminho de Ferro de Luanda a Ambaca. A Companhia dos Caminhos de Ferro através de África, conhecida por Companhia de Ambaca (Angola, Cuanza Norte), era acusada de não ter cumprido os prazos e condições de construção do referido caminho de ferro, ao mesmo tempo que acusava o Estado de não ter cumprido os termos contratuais, tendo o ministro Freitas Ribeiro querido apurar esse contencioso financeiro, mandando proceder ao ajuste de contas entre as duas entidades, para o que nomeara o governador civil do Porto, José Maria de Sá Fernandes, mandatado para assinar, em nome do ministro das colónias, o compromisso com a Companhia de Ambaca – medida esta revogada quando da demissão do ministro, por não ter sido decidida em Conselho de Ministros, nem ter sido previamente ouvido o ministro das Finanças, Sidónio Pais. O partido evolucionista levou ao Parlamento a questão de Ambaca.

    Ano: 1912     Tema: Questão Colonial
  • filter_drama
    Terça-feira, 2 de Janeiro de 1912
    Maçonaria

    Magalhães Lima, Grão-Mestre da Maçonaria, promulga a nova Constituição Maçónica Portuguesa.

    Ano: 1912     Tema: Vida Política
  • filter_drama
    Sábado, 6 de Janeiro de 1912
    Suspensão do Bispo do Algarve

    Na sequência da crescente crispação nas relações entre o Estado e a igreja católica, o bispo do Algarve, D. António Barbosa Leão, é condenado a dois anos de suspensão da respectiva diocese.

    Ano: 1912     Tema: Religiões
  • filter_drama
    Domingo, 14 de Janeiro de 1912
    Manifestação anticlerical em Lisboa

    Manifestação anticlerical em Lisboa, promovida pela Associação do Registo Civil, de apoio à Lei de Separação.

    Ano: 1912     Tema: Vida Política/Religiões
  • filter_drama
    Quarta-feira, 24 de Janeiro de 1912
    Crise governamental com o Ministro das Colónias demissionário

    Abre-se uma crise governamental com o Ministro das Colónias demissionário, em sequência da questão do Caminho de Ferro de Luanda a Ambaca.

    Ano: 1912     Tema: Vida Política/Questão Colonial
  • filter_drama
    Quinta-feira, 25 de Janeiro de 1912
    Termina a greve dos assalariados rurais em Évora

    Termina a greve dos trabalhadores rurais de Évora.

    Ano: 1912     Tema: Movimento Operário e Social
  • filter_drama
    Domingo, 28 de Janeiro de 1912
    Inaugurada a Universidade Livre de Lisboa

    Decorre no Coliseu dos Recreios, na presença do Presidente da República, o acto solene de fundação da "Universidade Livre de Lisboa", de que Alexandre Ferreira foi o principal dinamizador.

    Ano: 1912     Tema: Ensino
  • filter_drama
    Quarta-feira, 31 de Janeiro de 1912
    Repressão da greve geral

    Uma enorme multidão esperava notícias da comissão operária que fora averiguar se o governo reabrira associações e libertara grevistas, condições para a retoma do trabalho. Cerca das 22 horas, recebem a confirmação de que tal acontecera. Uma comissão sai da Casa Sindical para informar o governo do fim do movimento. No entanto, sabia-se que o Governo declarara o estado de sítio e entregara Lisboa ao comando militar. A comissão que se ia encontrar com o Governo foi detida. Pelas 3 da madrugada, as forças militares que cercavam a Casa Sindical exigem a sua evacuação. Aquando da sua saída foram presos mais de 620 sindicalistas, muitos deles enviados para bordo da fragata "D. Fernando" e do transporte "Pero d'Alenquer". Verificou-se, então, o assalto à União de Sindicatos (Casa Sindical) por forças militares, juntamente com carbonários. Verificaram-se manifestações anti-grevistas. Em carta dirigida a João Chagas, o Presidente do Ministério, Augusto de Vasconcelos afirma: a greve geral "deu-me horas de incerteza e de inquietação, mas foi boa porque permitiu realizar uma limpeza que doutra forma não se realizaria. Tirámos setecentas e tantas bombas a essa cambada da Carbonária que ficou quase completamente desarmada. E agora se se fizerem finos, tareia para cima..." (www.iscsp.utl.pt). Em Lisboa, depois da suspensão das garantias são presas personalidade consideradas comprometidas com este movimento de entre as quais José de Azevedo Castelo Branco (antigo Ministro da Monarquia). Defendia-se que o movimento fora sustentado por dinheiro dos "reaccionários monárquicos".

    Ano: 1912     Tema: Movimento Operário e Social
  • filter_drama
    Domingo, 28 de Janeiro de 1912
    Greve Geral

    A União dos Sindicatos Operários, com sede na Casa Sindical, em apoio da luta dos assalariados rurais alentejanos, exige a reabertura das associações de classe, a libertação dos presos e a demissão do governador civil e proclama a greve geral que, no entanto, não será bem sucedida por lhe faltar a adesão de sectores importantes como o pessoal dos transportes. A 30 de Janeiro, o Governo decreta o estado de sítio e suspende as garantias, entregando a cidade às autoridades militares. A 31, a Casa Sindical é cercada e presos os trabalhadores que lá se encontravam. No mesmo período, o governo desencadeia a prisão de elementos monárquicos.

    Ano: 1912     Tema: Movimento Operário e Social
  • filter_drama
    Segunda-feira, 15 de Janeiro de 1912
    Apresentação do Orçamento

    É apresentado na Câmara dos Deputados o Orçamento Geral do Estado, com um défice de 3499 contos.

    Ano: 1912     Tema: Vida Política
  • filter_drama
    Sábado, 24 de Fevereiro de 1912
    António José de Almeida funda o Partido Republicano Evolucionista

    António José de Almeida, desencantado com o velho Partido Republicano, que Afonso Costa dominava, e com a União Nacional Republicana, que Brito Camacho de algum modo liderava, funda o Partido Republicano Evolucionista. O jornal República, criado por António José de Almeida, é o principal órgão de imprensa do novo Partido Evolucionista.

    Ano: 1912     Tema: Vida Política
  • filter_drama
    Quarta-feira, 14 de Fevereiro de 1912
    Estado de sítio no distrito de Goa

    O governo geral da Índia declara o estado de sítio nas Novas Conquistas, distrito de Goa. "(...) com fundamento em injustas alvidrações de terrenos de cultura revoltaram-se os Ranes." Foi constituida uma coluna de operações sob o comando do capitão Andrade Velez que durante cerca de 3 meses leva a cabo uma campanha militar de contra os revoltosos. É estabelecido o posto militar de Querim, ocupadas as regiões onde se verificaram movimentos de revolta, sendo restabelecidas as circunscrições do comando militar de Satary.

    Ano: 1912     Tema: Questão Colonial
  • filter_drama
    Sábado, 17 de Fevereiro de 1912
    A União Republicana considerada mera aliança parlamentar

    Brito Camacho e António José de Almeida esclarecem que a União Nacional Republicana, criada em finais de Novembro de 1911, não é a fusão dos seus dois grupos políticos, mas tão-só uma mera aliança parlamentar – que, afinal, se veio a desfazer, o que impediu a formação de um verdadeiro contraponto ao partido de Afonso Costa.

    Ano: 1912     Tema: Vida Política
  • filter_drama
    Domingo, 18 de Fevereiro de 1912
    Tratado anglo-germânico

    O embaixador de França em Berlim informa o seu governo de que se voltou a falar do tratado anglo-germânico de 1898 relativo às colónias portuguesas e que é voz corrente que a Alemanha se apoderará de Angola.

    Ano: 1912     Tema: Relações Internacionais/Questão Colonial
  • filter_drama
    Segunda-feira, 5 de Fevereiro de 1912
    Interrogatórios dos presos da greve geral

    Reposta a normalidade em Lisboa, os presos durante os acontecimentos da greve geral começam a ser interrogados no Arsenal de Marinha.

    Ano: 1912     Tema: Movimento Operário e Social/Violência (política)
  • filter_drama
    Sábado, 17 de Fevereiro de 1912
    Bispo de Portalegre expulso da sua diocese

    O bispo de Portalegre é expulso da sua diocese, alargando ainda mais a conflitualidade entre a Igreja católica e o regime republicano.

    Ano: 1912     Tema: Religiões
  • filter_drama
    Terça-feira, 27 de Fevereiro de 1912
    Brito Camacho funda o Partido União Republicana.

    Os parlamentares "amigos" de Brito Camacho reúnem na redacção de "A Lucta", na noite de 26, tendo resolvido organizar o Partido União Republicana. Manuel de Brito Camacho é assim o fundador deste novo Partido de que o jornal "A Lucta" será o principal porta-voz. Está consumada a divisão do velho PRP: Afonso Costa à frente do Partido Democrático, António José de Almeida com o Partido Evolucionista e Brito Camacho com a União Republicana ou Partido Unionista.

    Ano: 1912     Tema: Vida Política
  • filter_drama
    Fevereiro de 1912
    Surge o jornal "O Imparcial"

    Surge em Coimbra um jornal, "O Imparcial", que agrupa sobretudo católicos mas também monárquicos e integralistas. Tinha como director Gonçalves Cerejeira, muito embora a figura dominante fosse Francisco Veloso. Salazar colabora com este jornal, escrevendo sob pseudónimo. Em Maio de 1912 é eleita uma nova direcção do Centro Académico de Democaracia Cristã. Tratava-se de um redinamização do campo católico.

    Ano: 1912     Tema: Vida Política
  • filter_drama
    Sábado, 17 de Fevereiro de 1912
    Levantado o estado de sítio em Lisboa

    O estado de sítio na cidade de Lisboa, decretado contra a greve geral, é levantado, sendo restabelecidas as garantias individuais.

    Ano: 1912     Tema: Movimento Operário e Social/Violência (política)
  • filter_drama
    Quinta-feira, 22 de Fevereiro de 1912
    Contrato para o estabelecimento da telegrafia sem fios

    O governo português e a Casa Marconi assinam um contrato com vista ao estabelecimento da telegrafia sem fios entre Lisboa, Porto, Funchal, S. Miguel e S. Vicente de Cabo Verde.

    Ano: 1912     Tema: Actividades Económicas
  • filter_drama
    Quarta-feira, 7 de Fevereiro de 1912
    Desmentidos boatos sobre a divisão das colónias portuguesas

    O governo inglês desmente os boatos que circulavam acerca de um acordo entre a Inglaterra e a Alemanha para a divisão das colónias portuguesas.

    Ano: 1912     Tema: Questão Colonial
  • filter_drama
    Segunda-feira, 12 de Fevereiro de 1912
    Desterro do bispo de Lamego

    D. Francisco José de Vieira e Brito, bispo de Lamego, é desterrado por dois anos. Esta não é uma medida isolada e deve ser entendida no contexto da Lei de Separação e da posição assumida pela maioria da hierarquia católica de confronto com o regime republicano.

    Ano: 1912     Tema: Religiões
  • filter_drama
    Quinta-feira, 7 de Março de 1912
    Hospital do Repouso recebe os doentes atacados de tifo

    O Sanatório Popular de Lisboa, anteriormente designado por Hospital do Repouso, criado em Fevereiro de 1910 por iniciativa da rainha D. Amélia, foi destinado ao tratamento dos doentes vítimas da epidemia de tifo declarada em Lisboa. Este hospital, actualmente Hospital Pulido Valente, ao Lumiar, era considerado um "sanatório de planície", cujo clima se considerava aconselhável para certo tipo de patologias e dispunha de enfermarias para homens e mulheres, num total de 64 camas.

    Ano: 1912     Tema: Saúde
  • filter_drama
    Quarta-feira, 20 de Março de 1912
    Ministro Plenipotenciário americano

    Cyrus Woods, Ministro Plenipotenciário norte-americano, entrega credenciais.

    Ano: 1912     Tema: Relações Internacionais
  • filter_drama
    Sábado, 16 de Março de 1912
    Desterro do bispo de Bragança

    Repetindo o que já acontecera noutras dioceses, D. José Alves de Mariz, bispo de Bragança, é desterrado.

    Ano: 1912     Tema: Religiões
  • filter_drama
    Sábado, 16 de Março de 1912
    Repercussões internacionais do tratado anglo-germânico

    As Legações de Portugal transmitem um desmentido à imprensa estrangeira sobre alegados acordos de Portugal com a Alemanha e Inglaterra, que ameaçassem a independência das colónias portuguesas.

    Ano: 1912     Tema: Relações Internacionais/Questão Colonial
  • filter_drama
    Sábado, 2 de Março de 1912
    Febre tifóide em Lisboa

    Em Lisboa, são identificados novos focos de febre tifóide. A qualidade da água fornecida pela Companhia das Águas de Lisboa será severamente questionada.

    Ano: 1912     Tema: Saúde
  • filter_drama
    Sexta-feira, 29 de Março de 1912
    Aliança Luso-Britânica

    O Secretário britânico dos Negócios Estrangeiros, Edward Grey (1862-1933), confirma na Câmara dos Comuns que a Aliança Luso-Britânica obriga a Inglaterra a defender todas as conquistas e colónias portuguesas contra os seus inimigos. Esta declaração ocorre no âmbito da "crise de Agadir" (Marrocos), que quase levou à guerra entre a França e a Alemanha e suscitou diversos ajustamentos das respectivas zonas de influência colonial.

    Ano: 1912     Tema: Relações Internacionais/Questão Colonial
  • filter_drama
    Sexta-feira, 15 de Março de 1912
    Repercussões no Parlamento do tratado anglo-germânico

    O Presidente do Ministério, Augusto de Vasconcelos, é questionado, na Câmara dos Deputados, sobre o acordo entre a Inglaterra e a Alemanha, visando a divisão das colónias portuguesas. O presidente do Ministério afirma que a independência e integridade dos territórios colonias não está ameaçada.

    Ano: 1912     Tema: Relações Internacionais/Questão Colonial
  • filter_drama
    Terça-feira, 5 de Março de 1912
    Recusada amnistia aos conspiradores monárquicos

    António José de Almeida, em nome do Partido Evolucionista, apresenta à Câmara dos Deputados uma proposta de amnistia que se aplicava, entre outros, aos conspiradores monárquicos presos. O Partido Democrático, pela voz de Alexandre Braga, recusa a amnistia, posição que recolhe 62 votos contra 26. É a primeira derrota do novo partido de António José de Almeida.

    Ano: 1912     Tema: Vida Política
  • filter_drama
    Sábado, 27 de Abril de 1912
    Congresso do Partido Republicano Português em Braga

    Reunião em Braga do Congresso do Partido Republicano Português, mantendo-se a hegemonia do grupo liderado por Afonso Costa, que viu reafirmada a confiança no Directório eleito em Outubro do ano anterior, no Coliseu de Lisboa. O nome do partido continuou o mesmo, embora se torne mais usual a denominação de Partido Democrático. António José de Almeida e Brito Camacho não comparecem a esta reunião. Pelo contrário, Bernardino Machado e Magalhães Lima mantêm-se no partido histórico.

    Ano: 1912     Tema: Vida Política
  • filter_drama
    Quarta-feira, 3 de Abril de 1912
    Arcebispo de Évora proibido de residir no seu distrito

    D. Augusto Eduardo Nunes, arcebispo de Évora, é proibido, por decreto, de residir no seu distrito pelo prazo de dois anos.

    Ano: 1912     Tema: Religiões
  • filter_drama
    Abril de 1912
    Propaganda sindicalista no Alentejo

    A Comissão executiva do congresso sindicalista nomeia uma comissão para percorrer o Alentejo com o objectivo de criar sindicatos e fazer sessões de propaganda nos já existentes.

    Ano: 1912     Tema: Movimento Operário e Social
  • filter_drama
    Quinta-feira, 25 de Abril de 1912
    Congresso de Trabalhadores Rurais

    Realiza-se em Évora o I.º Congresso dos Trabalhadores Rurais, em que estiveram presentes 39 sindicatos locais. Aí foram discutidas as questões salariais, a praça de jorna e as restrições que deveriam ser impostas à utilização de máquinas agrícolas. É criado o jornal "O Trabalhador Rural", órgão da Federação Nacional dos Trabalhadores Rurais.

    Ano: 1912     Tema: Movimento Operário e Social
  • filter_drama
    Sexta-feira, 19 de Abril de 1912
    Duelo entre Norton de Matos e Egas Moniz,

    Duelo à espada, entre Norton de Matos e Egas Moniz, ficando ambos ligeiramente feridos. Norton de Matos exigia uma reparação pelas armas na sequência de a comissão de inquérito parlamentar sobre Ambaca ter publicado o seu relatório. Ora, Egas Moniz tinha feito, no Parlamento, acusações ao antigo ministro das colónias Freitas Ribeiro e aos árbitros indicados pelo governo, entre os quais se encontrava Norton de Matos, sobre a tentativa de resolução da questão de Ambaca. Egas Moniz renunciara ao seu lugar de deputado. Escolhida a arma, a espada, o duelo teve lugar no sítio dos Cucos, numa curva arborizada da estrada da Ameixoeira. Os dois contendores não se reconciliaram.

    Ano: 1912     Tema: Violência (política)
  • filter_drama
    Maio de 1912
    Reactivado o Centro Académico de Democracia Cristã

    Na sequência da publicação de "O Imparcial", o campo católico continua a sua reorganização, reactivando o Centro Académico de Democracia Cristã, para que é escolhida uma nova direcção. Este relançamento esteve nas mãos dos mais jovens, já que os seus anteriores dirigentes "ou faleceram ou foram exilados ou remetidos ao silêncio". Lançaram "O Imparcial" "um jornal de combate" (publicado até 1919), dirigido por Manuel Gonçalves Cerejeira, a que se junta António Oliveira Salazar, Diogo Pacheco de Amorim, Joaquim Diniz da Fonseca, Francisco Veloso e José Nasolini, entre outros. Este grupo reabre o CADC, agora dirigido por Cerejeira e Salazar, avançando para a reorganização do campo católico através da Federação das Juventudes Católicas Portuguesas, cujo I Congresso terá lugar em Coimbra em 1913. A partir de 1922, o CADC publica a revista "Estudos" (até 1970). "Os militantes do CADC empenham-se nas lutas académicas e nas lutas pela liberdade religiosa e pela liberdade da Igreja, ao longo desta década, vindo por isso a ingressar também o Centro Católico, fundado em 1917." (BRAGA DA CRUZ, Manuel, "Centro Académico de Democracia Cristã").

    Ano: 1912     Tema: Vida Política
  • filter_drama
    Domingo, 5 de Maio de 1912
    Tumultos na Moita

    Tumultos na Moita. Confronto entre a população e uma força de Cavalaria 10 para ali destacada. Depois dos acontecimentos de Janeiro, tinham ido para esta vila um regimento de cavalaria e outro de infantaria. Os militares são acusados de provocarem distúrbios, crescendo a animosidade dos populares. Repetem-se, nesta data, os conflitos, morrendo uma mulher e contando-se ainda vários feridos. Estes acontecimentos são discutidos na Câmara dos Deputados no dia 6 de Maio.

    Ano: 1912     Tema: Violência (política)
  • filter_drama
    Maio de 1912
    Jean Jaurés oferece 20.000 francos

    Jean Jaurés, um dos chefes do Partido Socialista francês, oferece ao Governo português 20.000 francos, destinados a publicações, que vulgarizem a ortografia simplificada e oficial.

    Ano: 1912     Tema: Movimento Operário e Social
  • filter_drama
    Quarta-feira, 22 de Maio de 1912
    Guilherme Marconi na Sociedade de Geografia

    Chega a Lisboa o inventor da telegrafia sem fios, Guilherme Marconi, a fim de proferir uma conferência na Sociedade de Geografia.

    Ano: 1912     Tema: Ciência e Técnica
  • filter_drama
    Maio e Junho de 1912
    Greve da Carris

    O pessoal dos eléctricos e dos cobradores da Companhia Carris de Ferro de Lisboa desencadeou uma greve que dura 26 dias, sendo acompanhada de diversos incidentes, em especial quando a Carris, com o apoio do governo, tenta fazer voltar os carros eléctricos às ruas, recolhendo o aplauso de uma grande parte da população. Cinco bombas rebentaram no Rossio, registando-se tiros em diversos locais, que provocaram feridos e um morto, sendo presos muitos trabalhadores e sindicalistas.

    Ano: 1912     Tema: Movimento Operário e Social/Violência (política)
  • filter_drama
    Domingo, 26 de Maio de 1912
    Atropelamento no elevador da Bica

    Em consequência do atropelamento mortal de uma criança pelo elevador da Bica, em Lisboa, populares destroem um dos ascensores e danificam o segundo.

    Ano: 1912     Tema: Quotidiano
  • filter_drama
    Segunda-feira, 17 de Junho de 1912
    Julgamento no Porto de Paiva Couceiro e seus companheiros

    "No mesmo dia em que o Governo se apresenta às Câmaras (17 de Junho), no Tribunal do Segundo Distrito do Porto eram julgados vários dos incursionistas de Vinhais: padres Domingos Pires, José Maria Fernandes, Abílio Ferreira, Firmino Augusto Martins, Manuel Lopes, David Lopes, o capitão Jorge Camacho, o conde de Mangualde, capitão Remédios da Fonseca, capitão-médico José Augusto Vilas Boas, tenente Figueira, capitão Henrique de Paiva Couceiro. O julgamento realizou-se à revelia, sendo Paiva Couceiro condenado a seis anos de prisão maior celular ou dez anos de degredo e "esta pena relativamente suave foi dada em atenção aos serviços prestados à Pátria". Os restantes foram condenados a seis anos de prisão celular seguidos de dez anos de degredo, ou na alternativa de vinte anos." (Rêgo, Raúl, "História da República")

    Ano: 1912     Tema: Vida Política
  • filter_drama
    Sábado, 1 de Junho de 1912
    Novos governadores coloniais

    Norton de Matos embarca para Angola, onde irá assumir o cargo de Governador Geral. Tinham já sido nomeados os governadores de Moçambique e São Tomé, Alfredo de Magalhães e Mariano Martins.

    Ano: 1912     Tema: Questão Colonial
  • filter_drama
    Sábado, 29 de Junho de 1912
    Intentona monárquica em Barcelos

    Verificou-se uma intentona monárquica em Barcelos, e também em Azóia, Fafe e Caldelas, anunciando uma nova incursão monárquica.

    Ano: 1912     Tema: Violência (política)
  • filter_drama
    Terça-feira, 4 de Junho de 1912
    Demissão do governo presidido por Augusto de Vasconcelos

    O gabinete presidido por Augusto de Vasconcelos apresenta a demissão, incapaz de resistir uma nova ameaça de greve geral e aos ataques lançados no Parlamento pelos democráticos contra o ministro do Interior unionista, Silvestre Falcão. Os três ministros democráticos retiram-se do governo, obrigando Augusto de Vasconcelos a demitir-se. Manuel de Arriaga convida Basílio Teles através do governador civil do Porto, Sá Fernandes. Basílio Teles recusa e defende que se forme um governo presidido por Afonso Costa.

    Ano: 1912     Tema: Vida Política
  • filter_drama
    Domingo, 9 de Junho de 1912
    Inauguração da Universidade Popular do Porto

    Criada a Universidade Popular do Porto. Na sua origem esteve José Lopes Dias, que integrava o grupo da "Renascença Portuguesa", - associação cultural, de que fizeram parte intelectuais como Jaime Cortesão, Leonardo Coimbra, Teixeira de Pascoaes, João de Barros, Afonso Lopes Vieira, António Sérgio, Raul Proença, António Correia de Oliveira, Augusto Casimiro, etc. Na Universidade Popular eram ministrados diversos cursos, organizados concertos e outras actividades destinadas à educação e formação de adultos. Em Novembro deste ano, será igualmente constituída a Universidade Popular de Coimbra. É da cisão do grupo da Renascença Portuguesa que, em 1921, nasce a revista "Seara Nova", organizada por António Sérgio, Jaime Cortesão e Raúl Proença.

    Ano: 1912     Tema: Ensino/Cultura
  • filter_drama
    Domingo, 16 de Junho de 1912
    II Governo Constitucional presidido por Duarte Leite

    O gabinete Duarte Leite é um executivo de "concentração republicana", reunindo três democráticos (justiça, guerra e fomento), dois unionistas (interior e negócios estrangeiros) e dois evolucionistas (marinha e colónias). Tinha na Presidência e no Interior Duarte Leite; na Justiça, Francisco Correia de Lemos; nas Finanças, António Vicente Ferreira; na Guerra, António Xavier Correia Barreto; na Marinha, Francisco José Fernandes Costa; nos Estrangeiros, Augusto de Vasconcelos; no Fomento, António Aurélio da António Aurélio da Costa Ferreira e nas Colónias Joaquim Basílio Cerveira e Sousa de Albuquerque e Castro. Estaria em funções até 9 de Janeiro de 1913.

    Ano: 1912     Tema: Vida Política
  • filter_drama
    Terça-feira, 16 de Julho de 1912
    Criação de Tribunais Militares e tribunais especiais

    São constituídos Tribunais Militares em Braga, Coimbra e Lisboa, para julgamento dos crimes de rebelião. São também criados tribunais especiais em Chaves e Cabeceiras de Basto que julgarão centenas de presos, acusados de implicação ou conivência na segunda incursão monárquica.

    Ano: 1912     Tema: Vida Política
  • filter_drama
    Quinta-feira, 11 de Julho de 1912
    Fernando Correia distingue-se nos Jogos Olímpicos de Estocolmo

    Nos Jogos Olímpicos de Estocolmo, Fernando Correia distingue-se nas provas do campeonato de esgrima.

    Ano: 1912     Tema: Desporto
  • filter_drama
    Terça-feira, 9 de Julho de 1912
    Leis de Imprensa

    Pelas Leis de 9 e 12 de Julho de 1912, as autoridades judiciais, administrativas ou policiais passaram a ter a possibilidade de fazer a apreensão de jornais e outras publicações. Pretendiam "garantir a defesa da República" e "assegurar a ordem no país", sendo lavradas poucos dias depois da segunda incursão monárquica, ficando conhecida como "lei do garrote".

    Ano: 1912     Tema: Vida Política
  • filter_drama
    Terça-feira, 16 de Julho de 1912
    Buscas domiciliárias e prisões

    O governo publica uma portaria reafirmando a necessidade de observância das leis vigentes, contra os indivíduos não investidos de autoridade que arbitrariamente procedem a buscas domiciliárias ou façam prisões.

    Ano: 1912     Tema: Violência (política)
  • filter_drama
    Sábado, 6 de Julho de 1912
    Segunda incursão monárquica.

    As forças monárquicas refugiadas na Galiza, organizadas em três colunas, comandadas por Vítor Sepúlveda (tenente da Marinha), e pelos capitães Paiva Couceiro e Mário de Sousa Dias, lançam a segunda incursão em território nacional. Esta segunda incursão monárquica junta "manuelistas" e os "miguelistas", reunindo cerca de 1.000 homens, desta feita bem armados e municiados, destacando-se ainda, além de Paiva Couceiro, a presença do legitimista João de Almeida (Lavradio), antigo oficial austríaco. Também do ponto de vista político, esta incursão apresenta um verdadeiro programa de restauração monárquica, com ramificações em todo o país, largamente resultante da pacificação registada nas hostes monárquicas com o Pacto de Dover. Sepúlveda lança um ataque contra Valença, repelido pelas forças republicanas. Mas o verdadeiro objectivo é a praça fortificada de Chaves, para onde convergem as outras duas colunas, ao mesmo tempo que se registam em toda a zona levantamentos pró-monárquicos de populações, instigadas pelo clero local (em Moreira de Rei e Vinhos, próximo de Fafe, em Celorico de Basto, em Mirandela, no distrito de Viana do Castelo, e em Chaves, onde civis tentaram apossar-se da artilharia da praça) e mesmo movimentações armadas, capitaneadas pelo padre Domingos, em Cabeceiras de Basto. A República decretou o estado de sítio em Viana e em Braga, Montalegre e Chaves, enviando também para o Porto os cruzadores "Vasco da Gama" e "Almirante Reis" e chamando ao serviço extraordinário praças licenciadas. No ataque a Chaves as colunas de Sousa Dias e de Paiva Couceiro não conseguem articular as suas forças e os defensores republicanos resistem ao fogo dos monárquicos, que são obrigados a bater em retirada para Espanha, deixando no terreno bastantes mortos, feridos e prisioneiros, entre os quais o lugar-tenente miguelista João de Almeida. Esta incursão, que se prolonga entre 6 a 9 de Julho de 1912, saldando-se pela "vitória de Chaves" contra os "conspiradores" levou à designação em Lisboa, no 2º aniversário da República, da "Avenida dos Defensores de Chaves", originando também novos protestos diplomáticos junto do governo espanhol.

    Ano: 1912     Tema: Violência (política)
  • filter_drama
    Terça-feira, 16 de Julho de 1912
    Suspensão de "O Dia"

    "O Dia", jornal monárquico, suspende temporariamente a sua publicação.

    Ano: 1912     Tema: Vida Política
  • filter_drama
    Segunda-feira, 15 de Julho de 1912
    Francisco Lázaro morre ao kilómetro 20 da maratona

    Nos Jogos Olímpicos de Estocolmo, o português Francisco Lázaro morre ao kilómetro 20 da maratona, vítima de insolação.

    Ano: 1912     Tema: Desporto
  • filter_drama
    Sábado, 27 de Julho de 1912
    João de Almeida condenado a 6 anos de prisão maior celular

    O lugar-tenente miguelista João de Almeida (Lavradio), que fora capturado durante a segunda incursão monárquica, é julgado pelo tribunal especial organizado em Chaves, sendo condenado a seis anos de prisão maior celular ou na alternativa de vinte anos de degredo.

    Ano: 1912     Tema: Violência (política)
  • filter_drama
    Segunda-feira, 29 de Julho de 1912
    Exilados monárquicos em Espanha

    O governo espanhol recusa a extradição dos exilados monárquicos.

    Ano: 1912     Tema: Relações Internacionais
  • filter_drama
    Sexta-feira, 2 de Agosto de 1912
    Interesse judaico por Angola

    Passa por Lisboa uma missão judaica que se dirigia a Angola, para averiguar se o planalto de Benguela reunia condições para uma colonização de judeus, tendo em especial atenção que essa região era considerada um território apropriado para a "colonização branca". Vinha de longa data o interesse judaico nos territórios coloniais portugueses. Em 1886, S.A. Anahory, já propusera que Angola, nomeadamente a zona dos planaltos, fosse o destino de uma imigração judia em massa. Em Maio de 1903, o dirigente do movimento sionista Theodor Herzl propôs ao representante português em Viena o estabelecimento de uma colónia em Moçambique e, mais tarde, também Israel Zangwill, dissidente desse movimento, manifestara interesse em Angola. Na verdade, o o sétimo Congresso Sionista, realizado em 1907, recusara a proposta britânica, que consistia na oferta de uma área de 15.500 quilómetros quadrados no Uganda, território virgem onde poderia ser estabelecido uma colónia judaica gozando de autonomia e que constituísse um abrigo para os judeus em fuga da Europa de Leste e da Rússia. O Congresso reafirmou a sua fidelidade ao princípio fundamental do Programa de Basileia, a saber, "O estabelecimento de uma pátria legal, segura e publicamente reconhecida, para o povo judeu na Palestina", recusando, como um fim ou como um meio, a colonização fora da Palestina. No entanto, uma facção dissidente, "territorialista", liderada por Israel Zangwill abandonou a Organização e funda, que tinha como um dos seus principais objectivos a procura de uma região para a fixação de uma colónia judaica, fazendo várias tentativas, do México à Austrália. O projecto da Jewish Territorial Organization para Angola foi dinamizado no nosso país por Alfredo Bensaúde e Wolf Terló, conseguindo que o deputado Manuel Bravo apresentasse o projecto de colonização israelita em Angola em 1 de Fevereiro de 1912. O projecto Bravo (depois denominado 200 B) chegaria a ser discutido no Parlamento português, estando também pendente uma outra proposta assinada pelo ex-ministro das Colónias Freitas Ribeiro, que definia a colonização branca do planalto de Benguela. Entretanto, a Jewish Territorial Organization enviara a Lisboa diversos representantes (Jacob Teitel, Zangwill, D. Jochelmann e S. Rubinstein) e patrocinou uma expedição a Angola, dirigida pelo geólogo John Walter Gregory, cujo relatório será publicado em 1913. O certo é que o governo de Afonso Costa em 1913-14 manifestará pouco interesse pelo projecto. Este, para ser aprovado, requeria a reunião do Congresso da República (Câmara dos Deputados e Senado), o que nunca aconteceu.

    Ano: 1912     Tema: Questão Colonial
  • filter_drama
    Terça-feira, 20 de Agosto de 1912
    O Papa nomeia "inspectore" o Cardeal Patriarca de Lisboa

    O Papa nomeia "inspectore" o Cardeal Patriarca de Lisboa, querendo demonstrar que, não obstante a política anticlerical do Governo português, cumpre as obrigações da Concordata.

    Ano: 1912     Tema: Religiões
  • filter_drama
    Quinta-feira, 8 de Agosto de 1912
    Norton de Matos funda a cidade de Huambo

    O governador-geral de Angola, Norton de Matos, funda a cidade de Nova Lisbo no planalto do Huambo.

    Ano: 1912     Tema: Questão Colonial
  • filter_drama
    Sexta-feira, 27 de Setembro de 1912
    Voo do primeiro português em Portugal

    Alberto Sanches de Castro, membro do Aero Clube de Portugal, fundado em 1909, e que recebera instrução de voo em França, é o primeiro português a voar em território nacional a bordo de um Voisin Antoinette de 40cv, que ensaiou no Mouchão da Póvoa de Santa Iria. Anteriormente, as raras demonstrações de aeroplanos haviam sido realizadas por estrangeiros, em especial franceses. Só em 1914 seria constituída a Aviação Militar (no Exército e na Marinha), com a da Escola de Aviação Militar e Aviação Naval, culminando um processo que se vinha desenvolvendo desde 1912, com António José de Almeida.

    Ano: 1912     Tema: Ciência e Técnica
  • filter_drama
    Sexta-feira, 13 de Setembro de 1912
    Publicação do Acordo Luso-Espanhol

    Uma nota oficiosa do Ministério dos Negócios Estrangeiros publicita um acordo entre os governos espanhol e português. Desde as incursões monárquicas que as relações entre Portugal e Espanha estavam muito tensas, já que Portugal considerava que o Governo de Canelejas protegia os "couceiristas". De Madrid, a 6 de Setembro, chegara a notícia que José Relvas tinha tido uma demorada conferência com o Presidente do Conselho, Canelejas, e que estavam concluídas as negociações acerca dos conspiradores. A 13 de Setembro, o Governo espanhol, examinando a reclamação apresentada pelo Governo da República Portuguesa, referente especialmente à expulsão dos conspiradores para fora do território continental de Espanha, reconhece a dificuldade de execução da medida por, entre outras razões, existir uma corrente de opinião contrária. Madrid concorda com a expulsão dos chefes e principais fautores da conspiração, tendo-se oferecido o Governo brasileiro para receber no seu território internados de Cuenca. Começam a surgir notícias de realistas embarcados com destino ao Brasil. As bases do acordo entre os dois governo são as seguintes: A expulsão para fora de Espanha de todos os chefes e principais fautores da conspiração; o julgamento de todos os implicados que estejam sujeitos às sanções das leis penais espanholas; a interdição de regressarem ao território de Espanha, durante 3 anos, de todos os que, tendo conspirado em Espanha até Julho último contra o regime estabelecido em Portugal, aceitarem o oferecimento do Governo da República Brasileira, retirando para o Brasil, sendo esta interdição extensiva a todos os que saírem para outras nações; e, finalmente, a redacção de uma convenção, de carácter permanente e recíproco, para impedir futuras conspirações.

    Ano: 1912     Tema: Relações Internacionais/Violência (política)
  • filter_drama
    Terça-feira, 24 de Setembro de 1912
    Funeral de Francisco Lázaro.

    Funeral de Francisco Lázaro, falecido enquanto corria a maratona nos Jogos Olímpicos de Estocolmo. Depois de prestada homenagem na Suécia, as homenagems fúnebres em Portugal começaram dia 23 com um cortejo naútico. O corpo seguiu para casa do Ministro da Marinha, onde permaneceu em câmara ardente durante a toda noite. O enterro realizou-se dia 24, com partida do Largo do Pelourinho, contando com a presença de todos os clubes desportivos.

    Ano: 1912     Tema: Desporto
  • filter_drama
    Terça-feira, 22 de Outubro de 1912
    Congregação dos Negócios Eclesiásticos Extraordinárioscondena a Lei de Separação

    As actas "Apostolicae sedis" publicam uma decisão da Congregação dos Negócios Eclesiásticos Extraordinários, de condenação da Lei de Separação do Estado das Igrejas.

    Ano: 1912     Tema: Religiões
  • filter_drama
    Quarta-feira, 16 de Outubro de 1912
    Partido Republicano entrega o biplano "República"

    O Directório do Partido Republicano Português entrega o biplano "República" (um "Avro" adquirido através de uma subscrição nacional), destinado à primeira esquadrilha aeronáutica do Exército português. As experiências de vôo começaram poucos dias antes da entrega ao Ministro da Guerra. O Presidente da República assiste às experiências de vôo no aerodrómo de Pedrouços. Para além do Directório do Partido Republicano, outras instituições, como os jornais "O Século" e "O Comércio do Porto", abriram subscrições públicas para a compra de aeroplanos. "O Século" adquire em Paris, por intermédio de Albino da Costa, coronel do exército brasileiro, um Voisin e outro aparelho é adquirido pela "Creche de O Comércio do Porto". Este entusiasmo pela aeronáutica era bem o sinal dos novos tempos, em que a ciência e a tecnologia eram assumidas como indispensável contributo para o desenvolvimento da sociedade.

    Ano: 1912     Tema: Ciência e Técnica
  • filter_drama
    Terça-feira, 8 de Outubro de 1912
    Tropas no Niassa

    Em Moçambique, a região do Mataka, no Niassa, é ocupada por forças portuguesas de pacificação.

    Ano: 1912     Tema: Questão Colonial
  • filter_drama
    Terça-feira, 19 de Novembro de 1912
    Paiva Couceiro condenado ao degredo

    O Tribunal Militar de Chaves juga os implicados nas incursões monárquicas, condenando Paiva Couceiro ao degredo.

    Ano: 1912     Tema: Violência (política)
  • filter_drama
    Domingo, 15 de Dezembro de 1912
    Convenção Internacional do Ópio

    Ratificação portuguesa da Convenção Internacional do Ópio, assinada na Haia em 23 de Janeiro de 1912, entre Portugal e outras nações. Em Junho de 1913 é assinado em Londres um acordo entre o representante de Portugal (P. de Tovar) e o Ministro dos Negócios Estrangeiros de Inglaterra (Edward Grey). Este tem por fim a regulamentação do consumo, venda e exportação de ópio em Macau e Hong Kong. Regulava, ainda, de forma semelhante para as duas colónias a administração dos exclusivos do ópio em tudo quanto respeite à restrição de consumo, venda e exportação de ópio preparado e repressão do contrabando. Em Janeiro de 1914, pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, é publicada a carta de confirmação e ratificação da supracitada Convenção.

    Ano: 1912     Tema: Relações Internacionais
  • filter_drama
    Segunda-feira, 2 de Dezembro de 1912
    Nova crise política

    O grupo parlamentar do Partido Democrático aprova uma moção do senador Sousa Júnior "considerando terminada a época das concentrações, de que nenhum benefício tem resultado para a República; assim, logo que o presidente do Ministério abra a crise a que se declarou irrevogavelmente disposto por motivos exclusivamente pessoais, o grupo retomará a sua liberdade de acção, aceitando nas câmaras a situação de oposição ao governo que a constituição delas lhe impõe." O partido de Afonso Costa retira assim o seu apoio ao governo, fragilizando a posição do mesmo, numa altura em que o Ministro das Finanças apresentara as contas do tesouro, com um déficit de 6.600 contos, tido como superior aos dos últimos anos do governo monárquico.

    Ano: 1912     Tema: Vida Política




Fundação Mário Soares e Maria Barroso
Rua de S. Bento, 176 - 1200-821 Lisboa, Portugal
Telefones: (+ 351) 21 396 41 79 | (+ 351) 21 396 41 85
geral@fmsoaresbarroso.pt

Copyright 2021 © Fundação Mário Soares e Maria Barroso. Todos os direitos reservados. Created by BearingPoint

Siga-nos: