Nascida na Fuseta, em 2 de maio de 1925, no seio de uma família de antifascistas, Maria Barroso foi uma mulher de causas e uma cidadã ativa política, cultural e socialmente.

Na evocação do 97.º aniversário de nascimento de Maria Barroso, recordamos a sua ação política. Resistente à ditadura, foi candidata a deputada pela CDE nas eleições de 1969 e foi a única mulher a discursar na sessão de abertura do III Congresso da Oposição Democrática de Aveiro, a 4 de abril de 1973, onde afirma:

“Não há, infelizmente, amigos, liberalização, não há modificação das estruturas. Portanto, é necessário uma tomada de consciência maior das nossas dificuldades crescentes. E por isso eu creio que este Congresso deverá ser útil. Poderá ser uma das formas de ajuda a essa tomada de consciência.

Nós não aceitamos limitações de temas a tratar no Congresso – todos são atingidos mais ou menos profundamente.

(…)

Meus amigos, há quem diga que o passado não conta: pois é mentira, permitam-me que vos diga. O passado conta quando se continua no presente e se projecta no futuro. Foi exactamente neste passado dos nossos pais e dos nossos amigos que se forjou o nosso carácter”

Única mulher presente no congresso fundador do Partido Socialista, realizado em Bad Münstereifel, na Alemanha, Maria Barroso foi, ainda, deputada à Assembleia da República em várias legislaturas.

Conheça o percurso e a ação política de Maria Barroso a partir dos arquivos e coleções disponibilizados na Casa Comum.

Maria Barroso conversa com apoiantes numa ação de campanha eleitoral para as eleições legislativas de 1976, em Palmela. Fundação Mário Soares e Maria Barroso / Arquivo Fotográfico do Partido Socialista.