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    Mário Soares | Um europeísta convicto

    watch_later 9/5/2020

    A Fundação Mário Soares comemora o Dia da Europa e disponibiliza online documentação única sobre o processo de integração de Portugal na Comunidade Económica Europeia.

    Cerimónia de assinatura do tratado de adesão à Comunidade Económica Europeia (CEE), decorrida no Mosteiro dos Jerónimos, Lisboa. Da esquerda para a direita: Garret Fitzgerald (Primeiro-Ministro da Irlanda), Mário Soares (Primeiro-Ministro português), Bettino Craxi (Primeiro-Ministro italiano), Giulio Andreotti (Ministro dos Negócios Estrangeiros italiano), e Felipe González (Presidente do Governo espanhol).

    "Sou um europeísta convicto."

    Desde os anos de chumbo da ditadura que Mário Soares se referia à questão europeia e à posição de Portugal. Em 1972, observava, com preocupação: "A Europa está a construir-se na ausência de Portugal…".

    Imediatamente a seguir ao 25 de Abril de 1974, antes de tomar posse como Ministro dos Negócios Estrangeiros, Mário Soares visitou vários países europeus, reunindo com chefes de governo e outros dirigentes com quem já tinha relações políticas e pessoais, tendo a importante missão de obter o reconhecimento internacional da Revolução de Abril.

    Já como chefe de Governo, em 1976, inscreveu como prioridade no Programa do I Governo Constitucional, a adesão ao Conselho Europeu e à Comissão Económica Europeia (CEE). Menos de um ano depois, visitou, acompanhado do ministro do Negócios Estrangeiros, José Medeiros Ferreira, várias capitais europeias, recolhendo apoios para o ingresso de Portugal no Mercado Comum. O pedido de Portugal foi formalizado a 28 de março de 1977.

    A 12 de junho de 1985, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, Mário Soares assinou, como Primeiro-ministro do IX governo, o Tratado de Adesão de Portugal à CEE. O projeto europeu continuou no centro das suas atenções como Presidente da República, Eurodeputado e Presidente do Movimento Europeu.

    Referindo-se ao balanço do significado e do impacto da adesão de Portugal à Europa diria na sessão comemorativa dos 20 anos da assinatura do tratado da adesão: "O Povo Português sabe o que deve à União Europeia. Um país significativamente atrasado, em relação à média da Europa Ocidental, oprimido por quase meio século de opressão e obscurantismo, isolado do resto do mundo, condenado pelas Nações Unidas e pela consciência universal, em função das guerras coloniais em que se deixara envolver, deu, com a adesão à CEE, um salto histórico no plano do desenvolvimento e da sua autoconfiança, instalando-se noutro patamar económico, sem paralelo com o anterior, num dos pólos de maior progresso económico, científico e tecnológico do Mundo."

    Mário Soares foi sempre uma grande voz europeia. Nos últimos anos da sua vida, preveniu e alertou para os perigos que ensombravam o projeto europeu, reforçando a importância da fidelidade aos seus ideais fundadores, em especial o da solidariedade entre os seus membros.

    O Arquivo da Fundação Mário Soares disponibiliza online documentação única sobre o processo de integração de Portugal na Comunidade Económica Europeia:



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