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    Vidas com Sentido (41) - Arlindo Vicente

    watch_later 15/10/2015

    Homens e Mulheres que pelos seus ideais, pela sua postura cívica e política, pelos seus combates, souberam dar sentido às suas vidas e, embora já falecidos, permanecem como exemplos. A Fundação Mário Soares dedica um ciclo de conferências e debates a essas figuras da nossa cidadania democrática, prestando-lhes homenagem. A quadragésima primeira conferência do ciclo "Vidas com Sentido" é dedicada a Arlindo Vicente.
    Arlindo Augusto Pires Vicente nasceu no Troviscal, Oliveira do Bairro, Aveiro, a 5 de março de 1906 e faleceu em Lisboa, a 24 de novembro de 1977. Advogado, pintor e político.
    Frequenta o ensino secundário em Aveiro. Em 1926, matricula-se em Coimbra na Faculdade de Medicina, curso que abandona para frequentar Direito na Universidade de Lisboa, terminando a licenciatura em Coimbra (1932).
    Ao mesmo tempo dedicou-se às artes plásticas, organizando, em Coimbra, em 1927, o 1.º Salão de Estudantes, onde expôs cerca de vinte obras. Colaborou em jornais e revistas, designadamente a Presença, Bandarra, Acção e Vértice, contribuindo com desenhos de frequente temática social. Participou no 1º e 2º Salão dos Independentes, na Exposição dos Artistas Modernos Independentes, em quase todas as Exposições Gerais de Artes Plásticas e em Salões da Sociedade Nacional de Belas-Artes.
    Iniciou a advocacia na Anadia mas transferiu-se para Lisboa em finais dos anos 30, exercendo a sua profissão para todos, ricos e pobres, com ou sem dinheiro, bastando que eu me convencesse que tinham razão. Foi assim que assumiu a defesa de numerosos presos políticos anti-fascistas nos "tribunais plenários" da ditadura.
    Mantendo sempre a sua participação na vida intelectual e artística, em estreita colaboração e amizade com grandes figuras das letras e das artes, assume a sua clara oposição ao regime fascista, participando activamente no MUD, apoiando a candidatura de Ruy Luís Gomes à Presidência da República (1951) e integrando, em 1957, a lista da Oposição Democrática à Assembleia Nacional.
    Em 1958, apresentou a sua candidatura à Presidência da República, correspondendo ao apelo de diversos sectores da Oposição. Virá a celebrar um acordo com Humberto Delgado, passando este a ser o único candidato oposicionista às essas "eleições".
    Arlindo Vicente regressou à advocacia e à sua vida intelectual, mantendo a participação em múltiplas iniciativas contra a ditadura.
    A 30 de Setembro de 1961, foi preso pela PIDE e encarcerado nos curros do Aljube, acusado de "actividades subversivas", vindo a ser condenado, cerca de um ano mais tarde, a dois anos de prisão, com pena suspensa.
    Reformado da advocacia no início dos anos 70, voltou à sua actividade artística, organizando, designadamente, duas exposições individuais na Sociedade Nacional de Belas-Artes, em 1970 e 1974.
    Reconquistada a liberdade, participou entusiasmado na tribuna da manifestação do 1.º de Maio de 1974.

    Intervenções de:
    Silas Granjo,
    Miguel Santos e
    Mário Soares.

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