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    Vidas com Sentido (38) - Jorge Estrela

    watch_later 4/6/2015

    Homens e Mulheres que pelos seus ideais, pela sua postura cívica e política, pelos seus combates, souberam dar sentido às suas vidas e, embora já falecidos, permanecem como exemplos. A Fundação Mário Soares dedica um ciclo de conferências e debates a essas figuras da nossa cidadania democrática, prestando-lhes homenagem. A trigésima oitava conferência do ciclo "Vidas com Sentido" é dedicada a Jorge Estrela.
    Jorge Manuel Estrela de Pinho e Almeida nasceu em Angra do Heroísmo, Açores, a 7 de Maio de 1944 e faleceu a 1 de Janeiro de 2015, em Leiria. Foi sobretudo pintor e historiador de Arte.
    Oriundo de famílias estabelecidas em Leiria e em Lisboa, fez o curso de pintura na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa e, refugiado político em França entre 1966 e 1975, concluiu o Mestrado em História da Arte na Sorbonne apresentando um estudo sobre "Pintura intimista holandesa do século XVII". Trabalhou como pintor para a Galeria Alphonse Chave, em S. Paul de Vence, e colaborou em desenhos animados para vários estúdios de Cannes e Paris.
    Regressado a Portugal, organizou a exposição "O Saque da Cidade de Leiria" (1977) e o levantamento de fotografias de Leiria entre 1870 e 1950.
    Dedicou-se ao desenho botânico, em particular na área da Micologia e fundou, com docentes do Instituto Superior de Agronomia (ISA), a Associação Portuguesa de Micologia, da qual foi eleito presidente. Organizou a primeira exposição nacional de cogumelos (macromycetas) no ISA em 1991 e no Museu da Faculdade de Ciências em 1995.
    Em conjunto com o arquitecto Rui Ribeiro, ganhou o concurso público para a reconstrução e restauro do Mercado de Santana, de Ernesto Korrodi (2002) e o projecto para o novo Jardim de Leiria.
    Nos últimos 10 anos da sua vida dedicou-se especialmente a assuntos relacionados com a História de Arte em Portugal, estudo, restauro e classificação da colecção de pintura do Museu de Leiria, que originou a exposição "A nova vida das imagens. Pintura em Leiria séc. XVI/séc. XVIII", tendo também publicado, com Vítor Serrão e Sérgio Gorjão, o livro "Baltazar Gomes Figueira, pintor de Óbidos que nos paizes foi celebrado". Em 2008, publicou, com João Bonifácio Serra e Nicolau Borges, os textos para o catálogo da exposição na Assembleia da República "José Relvas, o conspirador contemplativo".
    No âmbito da Casa-Museu Centro · Cultural João Soares, em Cortes, Leiria, que dirigiu de 2008 até à sua morte, organizou a exposição "Leiria no tempo das invasões francesas", que originou um catálogo com o mesmo título, a exposição "Korrodi e o restauro do Castelo de Leiria", a exposição "Os grafitos medievais do Mosteiro da Batalha" e a exposição e catálogo "A viagem de Cosme III de Médicis em Portugal em 1669", exposição igualmente patente em 2014 no Centro Cultural de Belém.
    Escreveu ainda numerosos trabalhos, destacando-se estudos sobre a história do vinho e da vinha em Portugal, investigações sobre o Mosteiro da Batalha, a "Flora e paisagem segundo Rodrigues Lobo", "A Natureza Morta em Josefa de Óbidos".
    Interventor constante nas coisas da cidade de Leiria, historiador do vinho, dos jogos e da dinâmica do urbanismo, foi também o autor cáustico (com o pseudónimo X.Zacto) de publicações como "Estalinoburguer" ou "Portugal Hiperbólico".

    Intervenções de:

    Vítor Serrão,
    Paulo Almeida,
    Helena Machado e
    Mário Soares.

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