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    Homenagem a Francisco Ramos da Costa

    watch_later 10/9/2013

    Homenagem a Francisco Ramos Costa no centenário do seu nascimento. Intervenções de Coimbra Martins, José Neves, Liberto Cruz e Mário Soares.
    Francisco Ramos da Costa nasceu em 1913 e faleceu em 1982.
    Oriundo de uma família de trabalhadores rurais de Alfarelos, foi trabalhar para Lisboa aos 11 anos como moço de recados no Leão d’Ouro.
    Frequentou o Instituto Comercial e licenciou-se em Ciências Económico-Financeiras. Ao mesmo tempo, progride profissionalmente chegando a director do Hotel Avis.
    No início de 1935 integra o Grupo de Amigos do Liberdade, juntamente com Álvaro Cunhal, Magalhães Vilhena, Mário Dionísio e Álvaro Salema, jovens militantes comunistas que asseguram ao jornal republicano Liberdade uma orientação mais radical e de cariz marxista.
    Nos finais dos anos de 1930 participa no lançamento da Frente Popular Portuguesa, a cuja comissão nacional pertencerá.
    Foi preso a primeira vez em 1933, quando já era membro da comissão de organização do PCP. No final da década, era já membro do Comité Central. Membro da Comissão Executiva do MUNAF e da comissão consultiva e de economistas do MUD na década de 1940. Continua a desenvolver intensa actividade clandestina, militando na direcção da organização militar do PCP com o pseudónimo Campos. Foi preso em 1947 e 1948 e novamente em 1949, na sequência das suas intervenções durante a campanha de candidatura de Norton de Matos.
    A partir de 1950-1951 crescem as suas posições críticas face ao sectarismo do PCP. Em 1951 colabora na promoção de uma concentração contra o Estado Novo em Portimão, aproveitando a trasladação do corpo de Teixeira Gomes, antigo Presidente da República. Embora a sua acção lhe mereça elogios na imprensa comunista, o Comité Central do PCP decide a sua suspensão. Em consequência, Francisco Ramos da Costa sai do partido.
    Juntamente com Mário Soares, Piteira Santos e outros enceta uma tentativa de reagrupamento do campo socialista que toma forma, em 1953, com a criação da Resistência Republicana.
    Em 1958 começa por apoiar Arlindo Vicente nas eleições para a Presidência da República, para depois ser activo apoiante de Humberto Delgado.
    Envolvido na “Conspiração da Sé” que deveria eclodir em 11 de Março de 1959 e, depois, no golpe militar de Beja, foi informado de que a PIDE conheceria essas suas actividades e resolve exilar-se em Paris, onde fixa residência.
    Foi um dos impulsionadores da Frente Patriótica de Libertação Nacional, na qual participa como representante da Resistência Republicana. Esteve presente, nessa qualidade, nas conferências da FPLN de Roma (1962), Praga (1963) e Argel (1964).
    No exílio, Francisco Ramos da Costa desenvolve intensa actividade de ligação ao movimento socialista e social democrata internacional. Foi um dos impulsionadores da reorganização do movimento socialista em Portugal, sempre em contacto com Mário Soares e Tito de Morais. Participou na criação da Acção Socialista Portuguesa em 1964, em Genebra, e, mais tarde, será um dos fundadores do Partido Socialista, em 1973, em Bad Munstereifel.
    Intervém activamente, com Mário Soares, no estabelecimento de contactos com personalidades como Willy Brand e Olf Palme. Foi um dos principais responsáveis pela aceitação da ASP como membro de pleno direito da Internacional Socialista.
    Em simultâneo, desenvolve relações com o meio sindical, designadamente com a Confederação Internacional dos Sindicatos Livres, divulgando a situação do movimento sindical português.
    Após o 25 de Abril de 1974 regressou a Portugal acompanhando Mário Soares.
    Regressado a Portugal, Francisco Ramos da Costa exerceu funções dirigentes no Partido Socialista, designadamente na área das relações internacionais.
    Logo em Novembro de 1974, foi nomeado embaixador de Portugal em Belgrado, vindo a desempenhar, a partir de Junho de 1977, as funções de embaixador em Copenhague.
    Faleceu em Lisboa a 4 de Setembro de 1982.

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