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    A Queda da I República

    watch_later 28/6/2011
    location_on Sala do Arquivo dos Paços do Concelho

    O décimo sexto de uma série de 18 colóquios sobre questões essenciais da história do regime republicano, sob o tema "A Queda da I República", será apresentada por António Reis, historiador.
    A I República, implantada em 1910, conheceu uma vida atribulada. De um lado, as incursões monárquicas. Do outro, a relação conturbada com a Igreja Católica. Também, a crescente crispação com o mundo operário e sindical. E, depois, os efeitos internos da participação na I Guerra Mundial, de que não está alheada a instabilidade verificada nos comandos militares. A tudo se somou a própria vertigem política dos seus principais dirigentes e agrupamentos partidários, muitas vezes reféns de alianças pouco esclarecidas ou momentâneas e, sobretudo, destituídas de objectivos de médio e longo prazo.

    E, no entanto, essa mesma frágil República soube, ao longo da sua existência, criar uma nova realidade no país, mais moderna e aberta à inovação e às experiências internacionais. E, em muitos campos, lavrou uma obra notável.

    Mas, terminado o conflito mundial, a economia e a sociedade apareciam exaustas, sem perspectivas claras de solução para muitos problemas. Ao mesmo tempo, na Europa, afirmavam- se forças de índole ditatorial e de concentração de poderes, quer políticos, quer económicos, ancoradas também na reacção ao liberalismo político e, sobretudo, na reacção à bolchevização das lutas operárias.

    Os tempos estavam maduros, também em Portugal, para novas tentativas de golpe militar, já anteriormente ensaiadas, mas que, desta feita, ia recolher o apoio consensual das principais forças económicas, de largos sectores eclesiásticos e de uma direita ideológica entretanto afirmada.

    Como habitualmente, os militares que protagonizaram o golpe de 28 de Maio de 1926 invocaram a "salvação pública" e a "salvação da pátria", defendendo um "governo forte" que concentrasse em si "todos os poderes para, na hora própria, os restituir a uma verdadeira representação nacional". Mas o certo é que, só volvido quase meio século, foi possível restituir ao povo português essa "representação nacional"...

    A Ditadura Militar, primeiro, o Estado Novo, depois, foram tão-só ditaduras que, pela repressão e pelo permanente cerceamente das liberdades, levaram o nosso país à miséria generalizada, ao isolamento internacional, à guerra colonial.

    Esta 16.ª conferência promovida pela Fundação Mário Soares e pela Câmara Municipal de Lisboa pretende aprofundar as causas e as condições em que a I República soçobrou na sequência do golpe militar de 28 de Maio de 1926.

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