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    A República e a I Guerra Mundial

    watch_later 27/1/2011
    location_on Sala do Arquivo dos Paços do Concelho

    A Fundação Mário Soares e a Câmara Municipal de Lisboa assinalam o Centenário da República com uma série de 18 colóquios sobre questões essenciais da história do regime republicano. A décima segunda destas conferências, sob o tema "A República e a I Guerra Mundial", será apresentada por Luís Farinha.
    A República Mês a Mês, série de colóquios organizada em parceria pela Fundação Mário Soares e pela Câmara Municipal de Lisboa, aborda nesta sua 12.ª edição a participação de Portugal na I Guerra Mundial e as suas consequências.

    O nosso país entrou formalmente no conflito em função da declaração de guerra que lhe foi comunicada pela Alemanha a 9 de Março de 1916, na sequência do apresamento dos navios germânicos na costa lusitana, realizado a pedido da Grâ-Bretanha. A verdade é que, anteriormente, tropas portuguesas já haviam sido enviadas para Angola e Moçambique com o intuito de travar as investidas alemãs contra essas colónias africanas.

    A participação portuguesa no teatro de operações europeu, que se efectivou em 1917, com a chegada à Flandres do Corpo Expedicionário Português (CEP) e com o envio do Corpo de Artilharia Independente (CAPI), representou um enorme esforço de mobilização de meios humanos e financeiros, implicando a incorporação de cerca de 200.000 homens e a afectação, directa e indirecta, de recursos militares e civis.

    Nesse mesmo ano, emergiam no campo de batalha novos instrumentos de destruição, como o carro de combate, a aviação militar e a intensificação do uso de gases letais, ao mesmo tempo que desembarcavam forças norte-americanas no teatro de operações europeu.

    Também em 1917, a revolução russa punha fim ao império csarista e levava ao poder o partido bolchevique, dirigido por Lenine, confirmando assim de algum modo o seu entendimento de que a revolução nasceria necessariamente da acumulação das tensões e rivalidades das forças económicas imperialistas do capitalismo.

    Em Portugal, entretanto, é instituída a censura, são proibidas actividades consideradas contrárias ao interesse do esforço de guerra, é restabelecida a pena de morte, é limitado o consumo de electricidade e gás, são adoptadas medidas de racionamento de bens alimentares, é aceite a criação de uma base naval norte-americana em Ponta Delgada, etc. - cavando ainda mais o fosso que afastava a população da difícil e intrincada vida política, em que se sucediam governos, como o de União Sagrada, e golpes militares, como o de Sidónio Pais.

    A 9 de Abril de 1918, uma vigorosa ofensiva alemã no sector português de La Lys desarticula o Corpo Expedicionário Português (CEP). As baixas cifram- se em mais de 7.000 homens, entre soldados e oficiais.

    Iniciada a 28 de Julho de 1914, a Grande Guerra arrastar- se-ia até 11 de Novembro de 1918, deixando Portugal à beira do colapso financeiro e com um agravamento substancial dos problemas sociais, além da incapacidade política de formação de governos capazes de levar por diante programas continuados e coerentes.

    Justificada pela defesa das possessões coloniais, a entrada de Portugal na guerra alcançou, embora com pesadas consequências, esse objectivo, garantida a sua permanência pelo Tratado de Versalhes.

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