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    Revolução e Implantação da República

    watch_later 25/3/2010
    location_on Sala do Arquivo dos Paços do Concelho

    A Fundação Mário Soares e a Câmara Municipal de Lisboa assinalam o Centenário da República com uma série de 18 colóquios sobre questões essenciais da história do regime republicano. A terceira destas conferências, sob o tema "Revolução e Implantação da República", será apresentada por João Bonifácio Serra.
    Após o regicídio, reunido o Conselho de Estado no Paço das Necessidades, o jovem rei D. Manuel despediu João Franco, a quem informou que a rainha pretendia um «ministério de aclamação». Chefiado pelo contra-almirante Francisco Joaquim Ferreira do Amaral, esse governo de coligação monárquica durará apenas até ao final do ano, sucedendo-lhe Campos Henriques, que, por sua vez, será substituído por Sebastião Teles em Abril de 1909 e por Venceslau Lima um mês depois. Em Dezembro desse mesmo ano, será a vez de Veiga Beirão e, em Junho de 1910, Teixeira de Sousa constituirá o último governo monárquico. Do lado republicano, o 10 Congresso do PRP, realizado em Setúbal a 23 e 24 de Abril de 1909, elegeu um novo Directório que exprimiu a força crescente da tendência revolucionária no seio do partido, aprovando ainda a criação de um comité revolucionário, com a designação de Comissão Executiva de Lisboa. A conspiração militar e civil para o derrube da monarquia está definitivamente em marcha. A 14 de Junho de 1910, o Grande Oriente Lusitano Unido cria uma «Comissão de Resistência», em estreita ligação com a Alta Venda da Carbonária, presidida por Luz de Almeida - essas estruturas clandestinas assumirão a direcção efectiva do movimento revolucionário. A monarquia está refém das questiúnculas dos partidos e dos escândalos em que se afundam os seus dirigentes e a Corte. Como clamavam os republicanos, «O único co-herdeiro do trono é o Povo». Nas vésperas da Revolução, o seu chefe civil, Miguel Bombarda, é assassinado, enquanto o chefe militar, Cândido dos Reis, se suicida. O Grão-Mestre da Maçonaria, Sebastião Magalhães Lima, está em missão em França e o Grão-Mestre da Carbonária, Luz de Almeida, está fugido em Espanha. E, no entanto, um punhado de homens decididos, sob a direcção de Machado do Santos, consegue surpreender as forças monárquicas e vencer. Alcançada em Lisboa e nos arredores a implantação do regime republicano, o resto do país e as colónias foram aderindo, ora com entusiasmo, ora por via telegráfica.

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