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    Vidas com Sentido (21) - Carlos Candal

    watch_later 15/5/2014
    location_on Auditório da Fundação Mário Soares

    Homens e Mulheres que pelos seus ideais, pela sua postura cívica e política, pelos seus combates, souberam dar sentido às suas vidas e, embora já falecidos, permanecem como exemplos. A Fundação Mário Soares dedica um ciclo de conferências e debates a essas figuras da nossa cidadania democrática, prestando-lhes homenagem. A vigésima primeira conferência do ciclo "Vidas com Sentido" é dedicada a Carlos Candal.
    Carlos Manuel Natividade da Costa Candal nasceu em Aveiro a 1 de Junho de 1938 e faleceu em Coimbra a 18 de Junho de 2009. Advogado e político.
    Aveirense, republicano e socialista, na sua própria definição, Carlos Candal licenciou-se em Direito pela Universidade de Coimbra, com o Curso Complementar de Ciências Político-Económicas.
    Eleito Presidente da Associação Académica de Coimbra em 1961, participou activamente nas lutas estudantis, manifestando-se veementemente contra a ditadura e a repressão.
    Cumpriu serviço militar em Timor, onde exerceu funções de Promotor de Justiça do Tribunal Militar Territorial. Advogado em Aveiro, era conhecido pela sua eloquência nos tribunais e pelo modo empenhado como assumia as causas que defendia. Foi um dos principais organizadores do II e III Congressos da Oposição Democrática, em Aveiro (1969 e 1973). Participou na fundação do Partido Socialista, em 1973.
    Após o 25 de Abril foi deputado pelo PS à Assembleia Constituinte, mantendo-se na bancada socialista da Assembleia da República até 1983. Dois anos mais tarde regressou ao Parlamento, exercendo as funções de deputado por mais dez anos, intervindo frequentemente e nunca se esquivando à polémica.
    Lutador em favor da causa do povo de Timor- Leste e dos direitos e liberdades de outros povos oprimidos, integrou várias instituições nacionais e internacionais.
    Em 1995, foi distinguido como Grande Oficial da Ordem da Liberdade.
    Eleito Presidente da Assembleia Municipal de Aveiro durante dois mandatos (1997-2005), foi igualmente eleito em 1995 Deputado ao Parlamento Europeu, onde se manteve até 2004. É na campanha eleitoral de 1995 que Carlos Candal escreve o Manifesto anti-Portas em Português Suave: O Portas é um democrata precário: por falta de formação ou informação, por carência de convicções ou por incoerência, rejeita a aplicabilidade universal da regra 'um homem-um voto' - verdadeiro axioma da Democracia essencial. Assim sendo, não me admiraria nada que o Dr. Portas resvalasse a curto prazo para a defesa de soluções autoritárias para a governação dos portugueses, que (no seu entender) revelam "uma estranha tendência para o precipício.
    Faleceu durante uma acção de pré-campanha eleitoral do Partido Socialista, de que era mandatário distrital, em 2009. Após ter desmaiado, não deixou de acrescentar "Desculpem lá ter-vos estragado isto. Hoje não fumo mais".

    Intervenções de Mário Soares, José Augusto Rocha e António Rocha de Andrade.

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